Saltar para o conteúdo

Britânicos vão explorar ilhas menos conhecidas do Reino Unido em 2025. Saiba o que levar para uma viagem de três dias às Ilhas Scilly.

Pessoas caminham num cais, com um cão e gaivotas ao redor, enquanto um ferry atraca ao fundo sob luz do entardecer.

A atração não é um cliché de postal; é a promessa do ar salgado-doce, o ritmo humano e um horizonte que se pode realmente alcançar. Em 2025, o mapa do “para onde a seguir?” está a encolher — e é precisamente por isso que está a ficar interessante.

Estou de pé no cais de St Mary’s enquanto o Scillonian se aproxima, gaivotas a troçar e um cão sacode os salpicos do mar como se fosse dono do lugar. O vento é brincalhão e a fila está calma, algo pouco habitual se passou os últimos verões a correr atrás do sol pelos controlos de segurança. Uma mulher de galochas vermelhas troca horários de maré com um homem que segura narcisos embrulhados em jornal. Olham para o céu como velhos amigos. As Ilhas de Scilly não têm ostentação. São ternurentas, um pouco teimosas e estranhamente viciantes. Uma buzina de barco soa e todas as cabeças se viram. Algo está a começar.

Porque é que os britânicos estão a rumar a ilhas menos conhecidas do Reino Unido em 2025

Há um novo tipo de orgulho este ano: voltar de um fim de semana prolongado onde se aprendeu o nome do cão do mestre do porto. Nem Ibiza, nem aquela enseada da Cornualha igual à de todos os posts de agosto passado, mas Bryher, Mull, Lundy, Barra. Cantos mais tranquilos onde o drama é ditado pelas marés, não coreografado. 2025 é o ano em que os britânicos escolhem o mais pequeno, mais selvagem, mais perto. É em parte alívio, parte curiosidade. E parte perceber que o que queríamos — espaço, textura, tempo — estava a oscilar mesmo ao largo da nossa costa.

É fácil de ver nos terminais de ferry e nos placares dos pequenos aeroportos. Lugares no Skybus reservados cedo, caiaques presos em autocaravanas, mais bicicletas do que malas. Um casal de Leeds diz-me que costumava gastar as férias num grande “escape”, mas no ano passado experimentaram dois dias em St Martin’s e acabaram por ficar mais um, e depois outro. “Ficámos a ver andorinhas-do-mar durante uma hora e esquecemo-nos do telemóvel”, riem. No Google, as pesquisas de ilhas britânicas disparam nas noites de quinta-feira, exatamente naquele momento em que a inquietação se faz sentir.

Faz sentido, se recuarmos pelos últimos verões. Queremos a emoção da descoberta sem a papelada, e já não andamos atrás dos 38°C. As questões ambientais pesam de outra forma quando o mar onde se nada é o mesmo de onde vem o jantar. As ilhas anunciam limites — menos carros, leitos limitados, lojas que fecham cedo — e os limites podem libertar. A fricção das marés e do clima dá forma ao dia. Não se ultrapassa um algorítmo de marés vivas, e é esse o ponto.

O que levar para uma viagem de três dias às Ilhas de Scilly

Pense em camadas, não em volume. Um casaco impermeável leve, uma camada intermédia quente e roupa interior respirável vão superar o microclima de Scilly. Bons sapatos de caminhada com sola aderente para os caminhos de granito, mais sandálias ou sapatilhas que aguentem areia. Uma pequena mochila maleável para os barcos entre ilhas e para aquele momento de glória em que aparece uma praia e não planeou nadar. Faça a mala com curiosidade, não ansiedade.

Vá mãos livres e à prova de tempo. Um saco estanque para os salpicos dos barcos, toalha microfibra, e fato de banho para aquela água límpida entre Tresco e Bryher. Protetor solar amigo dos recifes, boné e óculos de sol que não se importam com o sal. Comprimidos para o enjoo caso apanhe o Scillonian, e uma garrafa e copo reutilizáveis para paragens em cafés. Aceitam-se cartões na maioria dos locais, mas leve uma nota de 10 euros para bancas de honestidade ou barracas de praia. Viaje leve, vista em camadas inteligentes e vai sentir-se imediatamente local. Sejamos honestos: ninguém faz isso todos os dias.

Eletrónica é opcional. Há 4G em St Mary’s e sinal instável nas ilhas menores, por isso descarregue mapas e horários de maré. Os voos da Skybus têm limites de peso rigorosos — mantenha tudo compacto. Um pequeno power bank evita procurar tomadas em cafés que servem para conversar. “Faça a mala para quatro estações num só dia”, disse-me um barqueiro de St Agnes, “e estará sempre preparado para a quinta.” Em termos práticos, mantenha o seu kit simples e preparado para o mar:

“As ilhas recompensam quem se adapta ao vento.”
  • Casaco impermeável leve + camada intermédia quente
  • Sapatos de caminhada com aderência; sandálias dobráveis
  • Saco estanque, toalha microfibra, fato de banho
  • Protetor solar amigo dos recifes, boné, óculos de sol
  • Pequena mochila, garrafa e copo reutilizáveis
  • Comprimidos para enjoos na travessia
  • Power bank, mapas offline, horários de maré
  • Algum dinheiro para bancas e cafés de praia

O que este novo hábito de ilhas diz sobre nós — e para onde pode levá-lo a seguir

Todos já tivemos aquele momento em que o ruído do continente desvanece e percebemos que o silêncio tem camadas. As Ilhas de Scilly proporcionam isso em menos de uma hora: o rasto do barco, o cantar do ostraceiro, o tilintar suave das adriças. Viajar para ilhas não são só férias; são experiências de como queremos passar o ano. A magia está nos intervalos das marés. Pequenas travessias, planos que mudam, um bocado de tempo que ensina a esperar por uma janela melhor. Não é um turismo lento performativo; é simplesmente viajar, mais devagar. Talvez seja por isso que 2025 parece o ano em que começamos a escolher a maravilha à porta de casa, e a continuar a escolhê-la mesmo depois do algoritmo passar a outro tema.

Ponto-chaveDetalheInteresse para o leitor
Vantagens da época baixaFlores na primavera e luz de outono em Scilly com barcos mais calmos e melhores preçosMais espaço, convívio mais caloroso, preços mais acessíveis
Camadas vencem bagagemCasaco + camada intermédia + base adapta-se ao microclima sem excesso de bagagemConforto sob sol, vento e chuva miudinha com uma só mala pequena
As marés ditam os diasHorários de barco e bancos de areia dependem da maré; planeie refeições e banhos por elasLogística mais fácil, menos barcos perdidos, mais momentos mágicos

Perguntas frequentes:

  • Qual a melhor altura para visitar as Ilhas de Scilly? Do final de abril a junho para flores e dias longos, setembro para águas quentes e menos gente. Julho–agosto é deslumbrante mas mais concorrido; o inverno é selvagem e íntimo.
  • Como chegar lá em 2025? Voar com a Skybus a partir de Land’s End, Newquay ou Exeter, ou apanhar o ferry Scillonian a partir de Penzance. Reserve cedo nas semanas de pico e esteja atento às atualizações meteorológicas.
  • Preciso de carro nas ilhas? Não. St Mary’s tem táxis e bicicletas; nas ilhas menores faz-se tudo a pé, com barcos a ligá-las entre si. Deixar o carro no continente faz parte do encanto.
  • Posso nadar e fazer snorkel? Sim — a água é límpida e convidativa. Leve toalha, camadas quentes para depois e protetor solar amigo dos recifes. Consulte conselhos locais sobre correntes e pontos de acesso.
  • Como é com dinheiro e ligação à rede? Cartões são aceites quase em todo o lado, mas algumas bancas e cafés remotos preferem dinheiro. Em St Mary’s há bom 4G, menos nas ilhas pequenas; descarregue mapas e horários de maré.

Comentários (0)

Ainda não há comentários. Seja o primeiro!

Deixar um comentário